Roda de aromas dos vinhos: Como entender?
Você sabia que além do sabor, o aroma é a característica mais marcante de um vinho? É para entender exatamente sobre essa questão que existe a roda de aromas.
Não é à toa que quando se fala de aromas dos vinhos existem tantas dúvidas.
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Imprimir certas notas em um vinho é um desafio para os produtos. Já para os consumidores, a grande questão está em decifrá-las.
A roda de aromas, por sua vez, é uma ferramenta muito importante para orientar nesse sentido. Se você nunca ouvir falar sobre ela, fique tranquilo, explicamos tudo a seguir.
O que é a roda de aromas?
A roda de aromas de vinhos é uma ferramenta que ajuda os apreciadores da bebida a treinar o olfato para reconhecer mais facilmente os rótulos.
Podemos dizer que ela serve como um guia para as degustações e pode ser usada tanto por iniciantes como experientes no mundo dos vinhos.
Numa degustação, a roda de aromas vai estabelecer categorias que podem ser percebidas no vinho, como:
- Frutas;
- Flores;
- Ervas;
- Especiarias;
- Vegetais;
- Entre outros.
Como surgiu a roda de aromas?
Desde o início da produção da bebida, o aroma sempre foi uma característica que intrigou os apreciadores de vinho.
Pode-se notar em registros mais antigos, por exemplo, a descrição de uma bebida com cheiro de mel, ervas, flores e outros itens.
Mas foi em 1970 que a Dra. Ann C. Noble, da Universidade da Califórnia, teve a ideia de criar um guia visual, que servisse de referência para a análise mais clara das notas olfativas do vinho.
A maior surpresa desse estudo foi a inclusão de notas dificilmente percebidas, como aquelas com fundos terrosos ou de frutas muito específicas.
O fato é que até hoje esse instrumento é muito útil para os apreciadores e desbravadores da bebida.
Como utilizar a roda de aromas?
A proposta da roda de aromas é justamente ser uma ferramenta intuitiva, que possa ser entendida e utilizada por qualquer consumidor de vinhos.
Para isso, ela foi dividida em três níveis de informação, da seguinte maneira:
- Círculo interno: essa parte da roda de aromas corresponde à macro-família, ou seja, a divisão de 12 categorias que abrangem as demais. Se um vinho tem notas de frutas secas, ele estará na categoria de aromas frutados, por exemplo;
- Divisão intermediária: nos grupos mais abrangentes estão, por exemplo, os aromas herbáceos, que podem ser divididos como secos, cozidos ou frescos;
- Círculo externo: é a maior divisão, contendo 88 aromas e, normalmente, se trata da síntese do que você sente com aquele vinho. Exemplo: primeiro você sente notas frutadas, depois percebe que se trata de uma fruta cítrica e, por fim, pode identificar o aroma do limão.
Detalhes importantes ao utilizar a roda de aromas
É muito comum que o seu olfato esteja mais pautado em similaridades, ou seja, aqueles aromas que você costuma sentir frequentemente no dia a dia.
Por essa razão, é preciso treinar os aromas com essa ferramenta para que eles não se confundam. Isso trará uma clareza cada vez maior sobre as notas e enriquecerá a experiência enológica.
Vale ressaltar ainda que no Brasil há uma série de aromas muito comum em algumas regiões específicas, e eles podem aparecer na degustação.
Um exemplo disso é a jabuticaba negra, como também algumas ervas e flores.
Portanto, para entender melhor esse mundo olfativo dos vinhos, nada melhor do que explorá-lo. Para isso, consulte a sua roda de aromas!
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