Conheça os vinhos da África do Sul

Conheça os vinhos da África do Sul

Já falamos sobre como estudar harmonização com pratos, dicas para compras online, presenciais e muito mais. Que tal agora falarmos um pouco mais sobre os vinhos da África do Sul?

Embora seja considerada nova na tradição viticultura, a África do Sul já se encontra entre as 10 maiores regiões produtoras de vinho em todo o mundo, responsável por quase 5% da produção mundial.

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    Ao todo, são mais de 350 vinícolas e mais de 4000 produtores, o que torna esse mercado importante para girar a economia do país.

    O aumento da produção e avanço da África do Sul nesse universo se dá em decorrência do clima da região, que por ser temperado, é adequado para o plantio de vinhedos. Claro que, fatores históricos também são benéficos para isso acontecer. 

    Você sabe quais são as principais uvas cultivadas nessa região? E caso visite o país, quer saber onde comprar os melhores vinhos da África do Sul ? Continue lendo.

    Um pouco mais sobre os vinhos da África do Sul:

    Como já citado anteriormente, apesar de serem conhecidos mundialmente pela grande diversidade e qualidade, esse país é considerado novo nesse tipo de mercado. Isso por que, eles produzem uvas a cerca de três séculos apenas.

    Esse é um período pequeno quando comparado, por exemplo, ao tempo de tradição da Grécia, que começou a produzir a fruta a partir de 1000 a.C.

    Na África do Sul, os vinhedos chegaram durante o período colonial gerado pelas Grandes Navegações através da Companhia das Índias Orientais, no século XVII.

    Os primeiros vinhedos do local foram construídos pelos holandeses que, em 1659, registraram em Table Bay, o primeiro vinho elaborado na região, feito com as vinhas levadas da Espanha e da França.

    Ao longo dos anos, essa cultura foi se espalhando pelo país e chegou a Constantia, uma das principais regiões a abrigar vinhedos de alta qualidade até hoje.

    Mas o aumento expressivo na produção de vinhos da África do Sul aconteceu com a presença dos imigrantes huguenotes franceses, que chegaram na região do Cabo. Consigo eles trouxeram técnicas e a tradição em relação ao consumo de vinhos. 

    A produção enfraqueceu e começou a desacelerar quando pragas afetaram os vinhedos do país no mesmo período em que guerras cercaram a África do Sul. Na época, outro fato que contribuiu para isso foi o exílio político sofrido na região, devido ao Apartheid. 

    Após isso, somente em 1990 a produção de vinhos da África do Sul retomou e veio com força total. No ano seguinte, em 1991, ocorreu a explosão na produção de vinhos da África do Sul, quando o país produziu cerca de 28 milhões de litros anuais.

    De lá para cá esses números só aumentaram. Em 2002, por exemplo, 218 milhões de litros de vinhos da África do Sul foram exportados.

    Atualmente, com o objetivo de realizar a regulação adequada da produção, o país conta com uma legislação vinícola. Com ela, foi criado também o selo WO (“Wines of Origin System”). Com ele, é registrado a origem e todas as áreas de produção da bebida, indicando a sua qualidade.

    Hoje em dia o país tem destaque nessa área, ficando ao lado de países como Brasil, Portugal, Austrália, Chile e Argentina.

    Todo esse sucesso é derivado de uma combinação interessante: no extremo sul da África fica um dos solos mais antigos do mundo, com uma natureza perfeita para o cultivo dessa produção. A maioria dos vinhedos fica em regiões como Cape Floral Kingdom (protegida pela Unesco).

    Outro fator importante é o clima que além de temperado, é influenciado pelos oceanos Atlântico e Índico.

    Em 1973, as regiões vitivinicultoras foram divididas em distritos e bairros. Atualmente são elas:

    • Breede River Valley;
    • Coast;
    • Olifants River;
    • Klein Karoo;
    • Boberg.

    Com isso, o país ganhou destaque para outro ponto: o enoturismo. Atualmente, apaixonados por vinhos visitam as principais vinícolas do país, dentre elas a famosa Rota 62, conhecida como a maior e mais longa rota produtora de vinho do mundo.

    Mais algumas paradas obrigatórias para quem está visitando vinícolas e quer conhecer os vinhos da África do Sul são:

    • A vinícola Stellenbosch (segunda colônia europeia mais antiga do país);
    • A vinícola The House of JC Le Roux (principal fabricante de espumantes da África do Sul);
    • A vinícola Neethlingshof (local em que a primeira mulher começou a produzir vinho no país).

    Outra curiosidade do país é que a variedade de uva mais marcante do país é a Pinotage, uma versão criada no próprio país. Abraham Izak Perold, professor sul-africano, realizou o cruzamento entre as espécies Pinot Noir e Cinsault e, com sucesso, conseguiu criar a modalidade da fruta que hoje é o símbolo da cultura de vinho da África do Sul.

    Mas embora seja criação do país, ainda há diversas uvas cultivadas no país marcantes com o seu sabor e qualidade. Saiba mais! 

    Principais uvas cultivadas na região

    Como já citamos, há uma forte variedade vinhos da África do Sul devido ao clima propício para a cultivação. Atualmente a maior produção é de uvas brancas (55% da produção).

    Mas são criados todos os estilos de vinho no país, desde bebidas mais concentradas como espumantes, de certo modo que muitos especialistas comparam esse estilo de vinho afirmando ser o mais próximo do estilo do Velho Mundo.

    Confira uma lista abaixo das principais uvas produzidas na região:

    • Cabernet Sauvignon;
    • Merlot;
    • Pinotage;
    • Pinot Noir;
    • Shiraz/Syrah;
    • Chardonnay;
    • Chenin Blanc (Steen);
    • Sauvignon Blanc;
    • Semillon;
    • Riesling.

    E aí, curtiu esse guia sobre vinhos da África do Sul? Que tal ler Como aprofundar seus estudos sobre vinhos?

    Danillo Muniz: Publicitário, formado pela universidade FIAM FAAM, fundador e diretor da AE Digital. Com o pensamento inovador e adepto às mudanças de consumo na internet, fui coautor de campanhas e páginas que possuem milhões de seguidores nas redes sociais.