O glossário dos vinhos: sulfitos
Para os amantes do universo dos vinhos, é comum surgirem alguns termos específicos do vocabulário dos enófilos. Entre eles, sulfitos é um termo recorrente nas discussões sobre a bebida.
Atualmente, essa substância, que é encontrada na produção de vinhos, têm gerado debates por conta de possíveis efeitos colaterais. Ficou curioso?
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Então, confira abaixo o que são sulfitos e porquê existem especulações sobre a substância!
O que são os sulfitos?
Você já ouviu falar sobre dióxido de enxofre? Popularmente conhecido como sulfito, essa substância é adicionada ao vinho para aumentar o tempo de conservação, ter ação antioxidante e antibacteriana na bebida.
Sem os sulfitos, o vinho pode apresentar uma degradação em um período menor de tempo, mas não pense que essa prática é do mundo contemporâneo.
Desde a Roma Antiga, há registros de que velas a base de enxofre eram queimadas em recipientes para que os sulfitos fossem liberados e acrescentados aos vinhos.
Hoje a inserção dos sulfitos pode ser feita desde o processo de fermentação até o engarrafamento da bebida. Vale ressaltar que a concentração da substância é limitada a 300 ml/L no Brasil.
Sulfitos têm efeitos colaterais?
Existem debates sobre a substância causar enxaquecas esporádicas no dia seguinte após a degustação da bebida. Entretanto, há pesquisas que analisam os componentes dos vinhos e apontaram que não existe essa relação.
O sulfito está presente em outros produtos que não o vinho, como em frutas. Em grande quantidade, ele pode causar dor de cabeça em asmáticos, espirros e complicações respiratórias, em pessoas com alergia.
Por que a substância ainda é utilizada?
Nesse momento, você deve estar se perguntando: “se o sulfito pode ter efeitos colaterais, por que ainda é utilizado na indústria alimentícia?”. A questão é que por enquanto, não há um produto que substitua a substância.
Entretanto, a regulamentação da quantidade limite permitida por litro é uma forma da indústria trazer alternativas mais saudáveis. Além disso, desde 1997, é obrigatório que o rótulo informe ao consumidor a presença deste componente.
Vale lembrar também que, mesmo se não houvesse a adição de sulfitos nos vinho, durante o processo de fermentação, a própria levedura gera um pouco de sulfito. O que mostra que sempre haverá algum resíduo da substância na bebida.
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