Você já ouviu falar sobre o vinho vegano? Sim, ele existe, mas nem sempre é fácil encontrá-lo.
O vinho é produzido a partir da fermentação da uva, então podemos dizer que ele sempre é vegano? Não! O processo de elaboração do vinho é considerado bastante simples, afinal, as leveduras convertem os açúcares do suco da uva em álcool e CO2, dando origem aos mais diversos tipos de vinho.
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Até esse ponto, uma pessoa vegana, aparentemente, poderia apreciar sem preocupações a bebida. Entretanto, temos um porém no meio dessa história, que faz com que nem todo vinho possa ser considerado vegano. Isso porque alguns procedimentos de clarificação da bebida podem utilizar componentes de origem animal.
Ficou confuso com essa informação? Calma! Nas próximas linhas vamos te explicar sobre como identificar os vinhos veganos e desfrutar uma boa taça tranquilamente. Vamos lá?
O processo de clarificação
A clarificação consiste no processo de purificação da bebida, onde um agente filtrante é adicionado ao barril. Geralmente, esse agente é uma proteína que coagula as matérias sólidas presentes no vinho, como a polpa e resíduos da casca, fazendo que se precipitem no fundo do tanque e sejam eliminadas antes do engarrafamento.
Com as matérias retiradas, o vinho fica com um aspecto límpido e brilhante, bastante atraente aos olhos. No processo de clarificação, as substâncias utilizadas podem ser tanto de origem mineral quanto animal.
Vale destacar que os agentes filtrantes tem apenas a funcionalidade de limpar as matérias sólidas, ou seja, não permanecem no vinho. Entretanto, o uso de proteína animal já é o suficiente para a bebida sair da lista de consumo dos veganos.
Quais produtos animais são utilizados no processo?
A utilização de componentes de origem animal na produção de vinhos é algo que acontece há muitos séculos. As claras de ovo são um de componentes muito utilizados para “afinar” a bebida. Os monges a utilizavam no processo da fabricação do vinho, enquanto as gemas tinham como destino a produção de doces. O fato, inclusive, ocasionou o surgimento de diversas sobremesas à base de gema, como o pastel Belém, de Portugal.
Algumas regiões ainda utilizam a clara do ovo, enquanto outras utilizam a gelatina (proteína animal) e a caseína (proteína do leite). Além de colaborar para um aspecto muito mais atrativo para o vinho, esses componentes garantem uma finalização mais rápida, o que barateia bastante a produção.
Então, como encontrar um vinho vegano?
Ler o rótulo e o contra-rótulo é um dos primeiros passos para identificar um vinho vegano. Entretanto, você precisa estar alerta, pois as substâncias de origem animal utilizadas não estão presentes no produto final. Por isso, normalmente não são citadas e nem mesmo os paladares mais refinados conseguem percebê-las.
É comum que apenas os vinhos orgânicos mencionem os componentes da produção na embalagem. Por isso, nem sempre é possível basear-se nos rótulos para identificar um vinho vegano ou não.
Sendo assim, uma saída para este contratempo, é entrar em contato com o fabricante e pedir mais informações sobre o processo de fabricação. Expressões como “não filtrado”, “não afinado” e “métodos de autoclarificação natural”, apontam que nenhum agente clarificador foi utilizado, ou seja, é um vinho vegano.
Caso ainda restem dúvidas, opte pelos vinhos e espumantes do tipo kosher. Essas opções seguem critérios rigorosos do judaísmo em sua produção, entre eles, a lei de não utilização de alimentos de origem animal. Além disso, opções que fazem o uso do mineral bentonite e os vinhos naturais também são liberados como vinho vegano.
Enfim, esperamos que este artigo tenha te ajudado a entender melhor sobre o vinho vegano e, caso esse seja seu estilo de vida, que você possa encontrar a opção certa para você.
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