Nunca é tarde para despertar o desejo de conhecer melhor o mundo de uma das bebidas mais apreciadas no mundo, né?!
Pensando nisso, trouxemos para vocês algumas dicas que ajudarão nos seus estudos sobre vinhos.
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Embora seja um universo de desafios, ter conhecimento e o paladar mais apurado para os rótulos é uma construção que leva tempo e bastante estudo.
A seguir, abordaremos alguns meios que te ajudarão nesse processo, confira!
Escolas com formações e estudos sobre vinho
Você sabia que existem escolas especializadas nessa área? Normalmente, elas são consideradas a opção mais tradicional para os estudos sobre vinhos, principalmente para enófilos e até mesmo para quem sonha em trabalhar com isso um dia.
No Brasil, existem diversas delas de muita qualidade no ensino do vinho. Temos a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), que forma sommeliers para atuarem no mercado nacional desde 1989.
Ainda no Brasil, a Eno Cultura, fundada em 2013 e eleita a melhor educadora do mundo da Wine and Spirit Education Trust (WSET). Para quem é de Portugal, uma opção bem tradicional é a AEP (Associação dos Escanções de Portugal), fundada em 1972.
Lembrando que essas escolas são voltadas tanto para o aprimoramento profissional quanto para a formação de iniciantes. Elas oferecem cursos com conteúdos mais técnicos, aulas densas e cheias de informações práticas e teóricas, além dos conteúdos introdutórios para quem está ingressando profissionalmente nesse mundo.
Vale lembrar que os profissionais do vinho podem atuar em diversas áreas como: produção, comercial, serviços e sommelier. Para eles, diferente dos consumidores, o vinho vai muito além de degustar uma taça, ele é visto como um objeto de estudo a ser cada vez mais explorado pelo mercado.
Caso você não tenha interesse nesse lado mais profissional da área, talvez você identifique nessas escolas estudos com um nível maior de exigência em relação aquilo que você espera. Além de claro, ter que fazer um investimento significativo.
Formações para enófilos
Antes de falarmos sobre as formações, você lembra o significado de enófilo? É aquela pessoa que gosta muito de vinhos, chega até a até ter um conhecimento avançado sobre rótulos e afins, mas nunca trabalhou profissionalmente na área. Para o enófilo, o vinho é um entretenimento.
Enfim, para eles, a recomendação é que busquem cursos alternativos, que tragam conhecimento, mas de uma forma leve, sem exigir tanto. O curso livre Básico em Vinhos oferecido pelo Senac, por exemplo, embora tenha um viés profissional é uma ótima opção.
Outras alternativas para estudar o vinho
Internet:
Mas se engana que o único jeito de estudar vinhos deve ser nas escolas. Outra opção simples é através da internet: canais no YouTube e sites especializados no assunto. Claro, nesse caso deve sempre estar atento ao que está escrito, se a página tem credibilidade e algum fundamento teórico naquilo que veicula.
Um exemplo de canal que aborda esse assunto é o Vinhos de Bicicleta, apresentado pelo sommelier Rodrigo Ferraz. Apesar de uma didática simples, o canal é recheado de conteúdos completos sobre o assunto.
Cursos Online
Além de ser uma ótima opção em termos de praticidade, geralmente os cursos online também são bem mais em conta em relação aos cursos presenciais. Fora que, é um recurso para quem deseja se especializar em assuntos que não são abordados nas escolas tradicionais.
Há opções de cursos profissionalizantes que emitem certificados aceitos em todo o mundo, como os da WSG (Wine Scholar Guild). Eles são em inglês, oferecem materiais de estudos como video aulas e fóruns de discussão e ainda possibilitam a conclusão em até um ano.
Além dos diversos e-books disponibilizados por portais como o Reserva85 que, além dos e-books, possuem diversos cursos gratuitos no site com temas como: Introdução ao Mundo do Vinho, Vinho do Porto, entre outros.
Livros
Apesar de ser menos consumido após a era da internet, os livros ainda fazem parte das opções mais fiéis quando o assunto são vinhos. Existem livros publicados com os mais variados temas, análises e densidades.
Algumas opções para a leitura, são:
- Especialista de vinhos em 24 Horas, de Jancis Robinson;
- Enciclopédia do Vinho Vinhos, de Hugh Johnson;
- O guia essencial do vinho: Wine Folly, de Madeline Puckette e Justin Hammack.
Degustar diferentes rótulos é essencial!
Se você cogita estudar sozinho, uma boa maneira de utilizar o dinheiro que você gastaria no curso é comprando diferentes vinhos. Pode parecer exagero, mas acredite, mesmo que você se inscreva em um desses cursos tradicionais, você vai precisar ter “litragem”.
Enquanto estiver estudando, a cada assunto abordado, faça uma lista de vinhos correspondentes ao tema. Degustar o vinho ajuda a assimilar o que foi estudado, além de facilitar a assimilação.
Busque na bebida as características estudadas, descreva as sensações que ela causou no seu paladar e olfato e anote quais os pontos positivos e negativos na sua opinião. Ah, e se estiver comendo não esqueça de anotar se combinou com o prato escolhido.
Anotando tudo que puder e fazendo relações, você vai ganhando prática e criando um repertório próprio, quando for ver, já estará dominando o assunto de maneira natural.
Visite vinícolas!
E por último, mas não menos importante: visite vinícolas! Ver de perto as etapas da produção da bebida, conversar e descobrir os motivos que o levaram a criá-la ajuda a decifrar ainda mais sobre o tema.
Comumente, os programas de enoturismo oferecidos pelas casas de vinho (sejam elas grandes ou de pequenos produtores) são passeios informativos e divertidos que contam com atividades como colheita das uvas, provas de harmonização, etc.
Nas pequenas vinícolas tudo é muito mais intenso. Conversar com um pequeno produtor é ter uma visão completamente diferente daquela que temos como consumidores.
Aqui no Brasil, há diversas empresas que recebem visitantes. O Vale dos Vinhedos – RS é o destino de vinho mais famoso do país. Lá estão as maiores vinícolas: Miolo, Casa Valduga e Aurora.
Em São Paulo também tem algumas em destaque, como a Góes e a Guaspari. Em Vale do São Francisco – PE, a Rio Sol começa a chamar atenção. Mas, mesmo assim, vale buscar mais sobre e ir até os pequenos produtores, aqueles conhecidos na própria região.
E aí, gostou desse conteúdo? Que tal ler Mundo dos vinhos: por onde começar?