Entender sobre a produção dos vinhos parece muito complicado para você? Acredite, não é!
Se você está começando agora a estudar um pouco mais sobre vinho, pode estar assustado com a quantidade de informações.
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A produção dos vinhos, o tipo de uva, a colheita, a região e os processos em geral são detalhes que contribuem para o sabor final da bebida.
Compreender todos esses fatores te ajudarão a fazer as escolhas certas para degustar.
Mas, fique tranquilo, saber como funciona a produção dos vinhos não é tão complexo quanto parece. Para te ajudar nessa missão, separamos as etapas nos tópicos a seguir.
O que pode interferir na produção dos vinhos?
A falta ou excesso de chuva, o solo, a altitude, a colheita, as práticas enológicas, o tempo de passagem por barricas, por exemplo, podem produzir um vinho totalmente diferente do outro.
Abaixo, separamos os 4 principais fatores que influenciam a produção dos vinhos:
1. Clima
Os vinhos são produzidos nas mais diversas regiões do mundo, tanto as chamadas regiões vinícolas de clima frio, quanto às regiões vinícolas de clima quente.
O fato é que o clima do local está ligado ao amadurecimento das uvas.
Assim como todas as frutas, para a produção dos vinhos a uva precisa alcançar o amadurecimento certo, com seus níveis de acidez sendo reduzidos e o de açúcar aumentado à medida que recebem luz e calor.
O clima ainda condiciona a região à produção de determinados tipos de vinho.
Em locais frios, por exemplo, é mais provável encontrar a produção de vinhos brancos, refrescantes, de acidez elevada e menor teor alcoólico.
Já as regiões mais quentes são mais favoráveis à produção dos vinhos tintos, com acidez moderada e maior teor alcoólico.
A chuva, no entanto, é um fator climático que pode atrapalhar a produção e a colheita das uvas, fazendo com que os níveis de açúcar sejam menores e haja até mesmo a presença de fungos.
2. Solo
O solo fornece água e outros elementos nutritivos essenciais para as videiras se desenvolverem. Entretanto, ele é diretamente afetado pelas condições climáticas.
É possível separar os solos em três tipos:
- Solo arenoso: possui boa drenagem de água e retenção de calor. Assim, proporciona vinhos de pouca cor, aromáticos e com menos taninos;
- Solo argiloso: é mais quente e retém água, fazendo com que os vinhos que partem dele sejam mais intensos e concentrados;
- Solo calcário: por ser mais frio, posterga o amadurecimento das uvas e proporciona vinhos com mais acidez.
3. Uvas
Provavelmente esse fator sobre a produção dos vinhos você já tenha ouvido falar. Afinal, a escolha das uvas é um dos principais pontos que definem o estilo da bebida.
Cada uva possui características próprias, que unem todos os pontos anteriores, e, a partir da definição do processo, elas podem produzir vinhos individualmente, ou no que se chama blend (junção de várias uvas em uma única produção).
Uvas-brancas elaboram vinhos mais ácidos e refrescantes, enquanto as tinta de casca fina geram vinhos leves e com poucos taninos, e aquelas como a Tannat e Cabernet Sauvignon produzem vinhos encorpados e adstringentes.
4. Práticas enológicas
As técnicas escolhidas pelo enólogo durante a produção dos vinhos farão toda a diferença na entrega final.
O estilo de fermentação e as suas passagens, por exemplo, podem tornar o vinho mais frutado e fresco, ou mais aromático e menos ácido, respectivamente.
Normalmente, o enólogo de cada região escolhe as práticas adequadas para o local, e para o que se espera do vinho dali.
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