O glossário dos vinhos de apreciadores da bebida é repleto de termos que qualificam e especificam as nuances de um rótulo.
Exemplo disso, é o selo “Denominação de Origem Controlada”, presente em algumas garrafas.
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Entre enólogos e enófilos, esse termo já faz parte do vocabulário, mas você sabe o que significa? Ficou curioso?
No artigo de hoje, vamos te explicar quais são os requisitos para um rótulo ganhar esse selo e o que ele significa.
Vem conferir!
O que é “Denominação de Origem Controlada”?
Antes de conhecer o que significa o termo por completo, é preciso compreender o que é a denominação de origem.
Se tratando de vinhos, a expressão é usada para determinar as regras da produção de vinhos de um local.
Isso quer dizer que, com a denominação de origem, o vinhos de uma mesma região possuem algumas nuances que representam o local de produção.
É uma forma de garantir que a bebida tenha uma boa qualidade.
Criação da Denominação de Origem Controlada
Especificar as características do vinho por sua origem não é um costume contemporâneo. Na Europa, África e Ásia, essa já é uma tradição que ocorre há milhares de anos.
Antigamente, era difícil conseguir classificar a bebida, o processo de produção do vinho e as uvas utilizadas muitas vezes não eram especificados.
Na Itália de 1716, houve a primeira denominação de origem que se tem registro atualmente, foi uma forma de assegurar determinada linha de produção ao vinhos de Chianti.
A partir do século XVIII, Portugal passou a exigir esse registro. Conforme os vinhos do país eram exportados para o restante da Europa, diversas bebidas imitando o produto original foram criadas.
As diferenças entre os Vinhos do Porto originais e as versões falsificadas eram perceptíveis para os consumidores finais.
Por não existirem informações sobre as falsificações naquela época, os apreciadores acreditavam que a baixa qualidade do vinho era típica do rótulo.
Ao criar o Alvará de Instituição de Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro para garantir a qualidade da produção dos vinhos, o Marquês de Pombal instituiu o que se tornou a primeira Denominação de Origem de Portugal.
Selo de Denominação de Origem Controlada
No século XX, Portugal entrou na União Europeia e o selo que citamos anteriormente passou a se chamar Denominação de Origem Controlada, também conhecido como D.O.C.
Ao todo, 24 regiões do país adquiriram o próprio selo, como os famosos vinhos de Vinho Verde, Madeira e Bairrada.
Além de Portugal, a Itália, Alemanha, França, Espanha, Romênia, Grécia, Áustria e Reino Unido, são países que possuem esse tipo de selo, cada um com seu próprio nome.
Requisitos da D.O.C
A Denominação de Origem Controlada tem como principal ponto a origem de produção do vinho, mas esse não é um requisito restrito. Cada região pode criar nova regras, além das já pré-estabelecidas.
Método de vinificação, corte das uvas, solo e tempo de envelhecimento, são alguns fatores considerados na hora de obter o selo D.OC.
Na produção de Vinho Verde, por exemplo, é necessário utilizar uvas da região do Douro e o rótulo deve ter uma quantidade máxima, já pré-estabelecida, de açúcares e sulfatos.
D.O.C garante qualidade ao vinho?
Gostar ou não de um vinho pode variar de pessoa para pessoa, o selo de denominação de origem controlada estabelece a origem do vinho e, conforme a região, os parâmetros para sua produção.
Além do processo de produção, a D.O.C pode te ajudar a escolher rótulos com nuances parecidas. Dessa forma, a probabilidade de você gostar de um novo vinho, que tenha a mesma denominação, é bem maior.
Apesar disso, diversas vinícolas, de uma mesma região, acabam optando por não se adequar aos requisitos estabelecidos pela D.O.C e produzem o vinho utilizando uvas e métodos diversificados.
Curtiu conhecer uma pouco mais sobre o glossário dos vinhos e o que a denominação de origem controlada representa?
Esperamos que sim, hein! Até o próximo post.