Com certeza na hora da escolher, a coloração do vinho é um dos aspectos que você avalia na bebida.
Durante a análise sensorial, a cor do vinho pode dar alguns spoilers sobre a origem daquele rótulo, como, por exemplo, dar uma noção sobre o tempo de envelhecimento ou até mesmo qual o tipo de uva utilizado na produção.
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Mas se engana quem imagina que a coloração do vinho pode ser relacionada apenas ao tipo de uva. Sendo o principal indicativo sobre o estilo do vinho, a cor dele também pode ter interferência do processo de vinificação da bebida.
Os mais famosos e comuns de encontrar nos supermercados são os vinhos tinto, rosé e branco, mas existem também o vinho verde, que não tem nada a ver com a tonalidade do nome, e o vinho laranja, que inclusive temos uma matéria sobre esse vinho aqui no Vinholando, confira.
Diferente dos tintos, que são sempre produzidos com uvas tintas, os brancos nem sempre são elaborados com uvas brancas. E claro, como já falamos aqui também neste artigo, ao contrário do que muitos pensam, os rosés não são produzidos a partir de uma mistura das frutas.
Abaixo, explicaremos como e quais as características que fazem com que os vinhos alcançam colorações diferentes.
Coloração do vinho tinto
Como mencionado anteriormente, no caso dos vinhos tintos não tem muito mistério. Eles são produzidos a partir das uvas tintas.
Isso acontece porque, durante a produção, mas precisamente durante o processo de fermentação e maceração, o sumo fica em contato com as cascas da fruta, resultando no tom vermelho arroxeado da bebida.
E são diversos os tons de vinho tinto, isso por conta de alguns fatores, como, por exemplo, quanto mais tempo o sumo e as cascas ficam em contato, mais intensa será a coloração da bebida.
Uma bebida que tenha o tom vermelho claro, pode significar que foi produzida com uvas que tenham menos antocianinas (pigmento avermelhado), como é o caso das uvas Zinfandel, Pinot Noir, Gamay e Grenache (temos artigo sobre ela por aqui, também, leia).
Quando falamos de uma bebida com um tom vermelho mais intenso (também chamado de rubi), provavelmente ela foi produzida a partir de uvas como Merlot, Sangiovese, Tempranillo e Nebbiolo.
Agora quando falamos de uma cor ainda mais intensa (como violáceo ou púrpura), a quantidade de pigmento é ainda maior. Uvas que proporcionam isso são Malbec, Touriga Nacional e Syrah.
Quando é notável na bebida tons amarronzados ou tijolo, provavelmente ela passou por um longo período de envelhecimento.
Coloração do vinho branco
Na produção do vinho branco, são utilizadas uvas brancas, prensadas antes do processo de fermentação, fazendo com que o sumo e a casca da fruta sejam separadas.
Apesar de não ter como produzir vinho tinto a partir de uvas brancas, a produção de vinho branco com uvas tintas, embora não seja muito comum, acontece.
Isso por que, como já falamos neste artigo, o que deixa o vinho tinto com a coloração vermelha é o pigmento presente na casca, quando não existe essa mistura de casca e sumo durante os processos na produção, consequentemente a cor não ficará na bebida.
Na França, a produção do champagne Blanc de Noirs, produzido a partir das uvas Pinot Noir e Pinot Meunier, por exemplo, é feita dessa forma.
As tonalidades dessa bebida podem variar do amarelo pálido ao amarelo esverdeado e até mesmo ao dourado intenso, isso vai depender da idade da bebida e seu processo de envelhecimento, como processos em barricas, por exemplo.
Coloração do vinho rosé
Apesar de ser intuitivo acreditar que o vinho rosé seja produzido a partir da mistura de uvas brancas e tintas, isso não é totalmente verdade.
Normalmente essa bebida é produzida a partir de uvas tintas. O que determina e faz com que ele fique na coloração rosé, é o tempo que a casca fica em contato com o mosto, que é bem mais curto do que na produção dos vinhos tintos.
Os vinhos rosés possuem diversas tonalidades, podendo ir da cor salmão à cor púrpura mais viva.
Mas, voltando a questão da mistura de frutas, embora não seja o comum, ela acontece. Isso acontece com o champagne, por exemplo.
Nele, após as uvas Chardonnay (branca), Pinot Noir e Pinot Meunier (tintas) serem vinificadas separadamente, é realizado um blend dos dois mostos. Na maioria das vezes o tinto está numa proporção que varia de 5% a 20%.
Vinho laranja
Na produção do vinho branco, as cascas são separadas do sumo para evitar contato, já na laranja, o processo é o contrário.
A pele da fruta fica em contato com o mosto por um longo tempo, até que o líquido chegue a coloração alaranjada.
Nele, as tonalidades variam do amarelo ao alaranjado âmbar.
E do vinho verde, você já ouviu falar antes? Na verdade, embora o nome leve a acreditar, essa bebida não tem a coloração verde.
Vinho verde é o nome de uma Denominação de Origem de Portugal, uma área no noroeste do país europeu chamada Minho, com uma rica vegetação, o que provavelmente derivou o nome.
Outra alternativa para justificar o nome, é que os vinhos produzidos nessa região são feitos para serem produzidos assim que chegarem ao mercado, jovens.
Lembrando que, o vinho verde pode ser tinto, rosé ou branco.
E aí, curtiu o nosso conteúdo sobre coloração dos vinhos? Deixe aqui nos comentários qual o seu preferido e se você já sabia dessas informações! E não esqueça, para estar sempre por dentro do mundo dos vinhos, continue acompanhando o Vinholando.